O legado de Suzanne Briet para a Biblioteconomia.
Fonte:
stc.org
Renné-Maria-Helene
Suzanne mais conhecida como Suzanne Briet, nasceu no dia 01 de fevereiro de
1894, em Paris na região norte da França. Tornou-se bibliotecária-documentarista
deixando um grande legado de conhecimento em prol do avanço da organização da
informação através das suas práticas bibliotecárias chegando se ser reconhecida
como uma das pioneiras a ingressar na Biblioteca Nacional da França.
Fonte:
https://docero.com.br/doc/x18snn
Dentre outras criações, por volta de 1951, Briet
publicou uma das suas obras mais importantes intitulada “O que é a
documentação?”-
Sendo uma apresentação do livro conceito sobre a natureza da documentação dividido em três capítulos: primeiro relacionado a técnica do
trabalho intelectual; segundo sobre a profissão distinta; terceiro intitulado a
necessidade do nosso tempo. Sua obra tornou-se referência mundial para análises
da ciência da informação até os dias atuais.
De acordo com Briet (1951), o bibliotecário e o documentarista
estavam interligados em suas especificidades dentro da profissão. Para ela o
bibliotecário deveria estar essencialmente relacionado com a forma da documentação
e a produção do catálogo no intuito de suprir a demanda informacional de forma
precisa e especifica, enquanto que o documentarista aplicaria a funcionalidade
da informação.
A
contribuição de Suzanne Briet para a biblioteconomia nacional da França:
Fonte:
revistacasaclaudiaabril.com
A modernização da
biblioteca nacional da França (BNF), foi a prioridade de Pierry
René-Roland-Marcel quando tornou-se administrador em 9124, precisando de
funcionários competentes para elaborar uma nova visão de gestão informacional,
procurou Suzanne Briet quando soube que a mesma obtivera o primeiro lugar no
exame de certificação nacional para bibliotecários sendo altamente recomendada
por seus professores. Após entrevistá-la, Roland Marcel logo concluiu que seria
uma profissional valiosa para compor sua equipe por ser uma profissional inteligente,
qualificada, falar inglês fluentemente e ter o intelecto elevado.
Briet, atuou na Liga das Nações (Organização internacional direcionada a Paz), Trabalhando em conjunto com
outros profissionais para a construção intelectual informacional, sendo responsável
pelos catálogos bibliotecários impressos e diretórios das coleções especiais das
bibliotecas francesas para a gestão e troca informacional mundial 1890-1956.
Posteriormente criou em parceria com Jean
Gerard a união francesa de organismos de documentação (UFOD), pioneira
associação criada para os profissionais da documentação objetivando o
conhecimento humano em geral.
Elaborou relatórios sobre a formação profissional dos documentaristas e posteriormente aderiu a um plano para a primeira escola técnica de documentação do mundo.
Elaborou relatórios sobre a formação profissional dos documentaristas e posteriormente aderiu a um plano para a primeira escola técnica de documentação do mundo.
Tornou-se sócia-fundadora
de estudos para o instituto nacional de técnicas da documentação, mais diante, coordenou a federação internacional de documentação (FID). Atuando
no intuito de desenvolver a educação profissional do conhecimento buscando
inovações para aprimoramento da organização atrelado a técnica, serviço de
indexação, referência bibliográfica.
De acordo com que
podemos compreender sobre sua trajetória, Suzanne Briet era uma profissional
que entendia a prática da documentação como uma missão social, onde o documento
deveria ser compreendido dentro do contexto cultural daquele que o utilizava,
sem excluir as informações não solicitadas ou seja, trabalhando proativamente para
o desenvolvimento do conhecimento científico.
Nesse contexto segundo Day (2006,
2007) a compreensão de Briet sobre o universo documental esta sedimentada nas
vertentes sociológicas das necessidades dos individuos. No mais, deixou um legado
como historiadora, ativista e escritora com aproximadamente 60 obras temáticas realizadas sobre biblioteconomia, criação de catálogos, normatização dentre outros.
Em 1970, escreveu obras literárias sobre personagens franceses como por exemplo
Rimbaud (ilustre poeta - escritor) e aos 82 anos criou a organização da
documentação em ordem alfabética por palavras-chave ao invés da ordem cronológica.
Estudo realizado por Fabiana Dovier - Aluna de graduação em Biblioteconomia da UFPB.
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