Sistema de Catalogação da Biblioteca do Congresso


1 HISTÓRIA DA BIBLIOTECA DO CONGRESSO



• Foi criada em 24 de abril de 1800, através de um decreto oficial do então Presidente dos Estados Unidos John Adams.
• É considerada a maior dos Estados Unidos e também do mundo, sendo registrado no livro dos recordes Guiness.
• Se originou através do Ato do Congresso, quando a capital americana foi transferida da cidade de Filadélfia para a recém criada cidade de Washington.
• O governo americano reservou cerca de cinco mil dólares para a compra dos livros essenciais ao funcionamento do congresso e também garantir um espaço adequado para o armazenamento deste material.
• Foi inicialmente instalada no Capitólio, mas em 1814, durante a invasão dos Estados Unidos pelos ingleses, foi destruída por um incêndio. Thomas Jefferson afim de quitar suas dívidas negociou seu próprio acervo, organizado no período de 50 anos, vendendo todo o seu conteúdo para o congresso. O valor foi de U$ 23.950 em troca de 6.487 livros.
• Há de tudo em suas estantes, sejam elas virtuais ou não:
- Obras raras;
- Os livros mais vendidos;
- Quadrinhos de todas as procedências;
- Vídeos, discos, fotos, entre outros materiais.
Todo o seu acervo totaliza cerca de mais 140 milhões de itens, apresentados em pelo menos 480 línguas. Entre os seus valiosos itens se encontra um exemplar da Bíblia de Gutenberg.

• A biblioteca possuía, em 2009, mais de 32 milhões de livros catalogados, mais de 63 milhões de manuscritos, 3 milhões de gravações de áudio, mais de 5 milhões de mapas, 16 milhões de microfilmes e a maior coleção de livros raros da América do Norte, incluindo uma das quatro cópias restantes da Bíblia de Gutenberg em papel velino.

• A Biblioteca é acessível para todos, desde que possua um cartão de identificação do leitor. Mas apenas integrantes do Congresso, da Suprema Corte de Justiça, funcionários destes órgãos e da Biblioteca e alguns membros oficiais do Estado podem investigar detalhadamente o teor de seus exemplares.

• A Classificação da Biblioteca do Congresso (LCC) foi elaborada por Herbert Putnam em 1897, pouco antes de ele assumir a direção da Biblioteca do Congresso. Essa classificação foi influenciada pela tabela de Cutter, o Sistema Decimal de Dewey e o Sistema de Classificação de Putnam.

• Uma pequena parte do acervo da Biblioteca do Congresso pode ser encontrada no site://www.loc.gov.


2 DESENVOLVIMENTO DA CLASSIFICAÇÃO DA BIBLIOTECA DO CONGRESSO

A Classificação da biblioteca do congresso foi desenvolvida tendo como objetivo primordial a organização das ações comunicacionais da biblioteca, desenvolvendo tempos depois, o fornecimento dos serviços de fichas catalográficas estabelecendo a padronização da catalogação e influenciando as regras organizacionais.
Por volta de 1800-1814, a biblioteca iniciou suas atividades com 3.000 mil volumes de livros ordenados por tamanho ou formato, mais adiante, em 1896 devido a ocorrência de um incêndio devastador a biblioteca iniciou  incluir as coleções de Thomas Jefferson, adaptando a reorganização dos livros em 18 classes, inspiradas de acordo com o sistema filosófico de Francis Bacon seguindo as três classificações principais; memória, razão, imaginação, inserindo posteriormente; história, poesia e filosofia.
Dentre 1897-1990 a biblioteca foi transferida e devido ao prolongamento dos acervos, surtiu a necessidade de um planejamento expansivo de forma que pudesse oferecer um sistema de organização mais simples e útil, de acordo com a produção informacional do congresso. Dentro dessa problemática os especialistas bibliotecários (como por exemplo Martel e Hudson), iniciaram tentativas de adaptações através das bases da Classificação Decimal de Dewey-(CDD/DDC), por estabelecer uma organização do saber através do uso de números decimais, tendo como caraterísticas a facilidade de memorização, e localização. Utilizando também; a base da Classificação Expansiva de Cutter que consiste em um sistema inspirado na classificação decimal, bem estruturada, composta por metodologia alfanumérica possibilitando a codificação autoral, tendo notação flexível e catalogação centralizada.


Sendo assim, após várias tentativas irrelevantes de adaptação sem adequação ao sistema idealizado pelos especialistas, Herbet Putnam (1861-1955) um dos bibliotecários mais importantes do congresso que desenvolveu em 1901, o serviço de fornecimento e padronização de fichas catalográficas. Tomou a liderança do projeto dispensando o sistema base da CDD, abrindo espaço para um novo sistema por assunto, inspirado na Classificação de Cutter, persistindo sem respaldo cientifico na construção de uma tabela própria, através de uma técnica mais ampla e personalizada. Composta por classes principais, subclasses mais especificas combinadas por letras e números, notações de autor separados por pontos (.), barras (//),  tópicos e subtópicos por temas. Para compor uma classificação mais flexível, uma localização mais simples e personalizada como iremos ver a seguir.

3 CLASSES E SUBCLASSES

 Este sistema de classificação das quais o conhecimento divide-se em 21 classes principais, indicadas por um letra do alfabeto divididas também em subclasses especificas indicadas por duas ou três letras, sendo obas de referência, comunicações de congressos, os trabalhos coletivos, as teorias e as subdivisões. Das quais letras I, O, X, Y, W e letra K que está reservada para o direito, estão reservadas para futuras expansões.
A notação da L.C. é mista sendo esta constituída de letras e números sendo representada na forma horizontal.

3.1 Classes
A Obras Gerais
B Filosofia, Psicologia e Religião
C História - Ciências auxiliares
D História Universal
E História da América
F História dos Estados Unidos, Alemanha, França e América Latina
G Geografia, Antropologia e Folclore
H Ciências Sociais
J Ciência Política
K Direito
L Educação
M Música
N Belas Artes Letra Assunto
P Língua e Literatura
Q Ciência
R Medicina
S Agricultura
T Tecnologia
U Ciência Militar
V Ciência Nava
Z Bibliografia, Biblioteconomia e Recursos Gerais de Informação

3.2 Subdivisões de Classe
• Subdivisões gerais de forma: periódicos, sociedades, coleções, dicionários, etc.
• Teoria e Filosofia
• História
• Tratados e obras gerais
• Legislação, relações e relações com o Estado;
 • Estudo e ensino;
• Assuntos específicos ou subdivisões do assunto, do geral ao especial.




4 EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL


• Relato da experiência de uma brasileira;
• Célia Maria Ribeiro;
• Um período de 09 meses;
• Trabalhou na Divisão Hispânica da Biblioteca do Congresso dos EUA;
• Bolsa de estudos patrocinada pela Fundação Lampadia;
• VITAE Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social;
• As rotinas de uma biblioteca no que se refere ao atendimento do usuário são parecidas;
• O diferencial se dá pelos recursos disponíveis na biblioteca, pela valorização profissional;
• O nível de investimentos que as instituições empregam na especialização das pessoas envolvidas;
• Participou de vários projetos, visitas técnicas, seminários, conferências e workshops;
• Sistema Integrado de Bibliotecas (Voyager);
• Atendimento do público dos EUA e de outros países;
• Ajudou na tradução de documentos para o português;
• A coordenadora/especialista luso-brasileira, Dra. Iênia Siqueira Wiarda;
• Focaliza nos aspectos históricos, na estrutura física, número de acessos e quadro de pessoal;
• Aborda a importância da experiência;
• Bom aproveitamento e crescimento profissional;
• Possibilitando o compartilhamento da experiência com o país de origem.


Trabalho de Pesquisa realizado por: Aneilma Rodrigues, Fabiana Teixeira, Irani Gomes, Jonatã Higino e José Jullyan Galdino, alunos de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba.

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