A Primeira Bibliotecária do Brasil.
Adelpha
de Figueiredo a primeira Bibliotecária do Brasil
Adelpha de Figueiredo
Adelpha de Figueiredo
nasceu na cidade de Sorocaba no dia 20 de Setembro de 1894, em São Paulo. Diplomou-se
cirurgiã dentista, cursou música no conservatório na Suíça, posteriormente
tornou-se professora no instituto Mackenzie em São Paulo, onde foi convidada para
elaborar uma organização dos livros nas estantes objetivando apenas viabilizar
empréstimos de livros para os alunos.
No entanto sua paixão
pela organização de acervos a fez embarcar para os Estados Unidos no intuito de
cursar Biblioteconomia para aprender a técnicas da profissão e colaborar para o
desenvolvimento das práticas bibliotecárias que na época era limitada em nosso
país.
Foto: Universidade Mackenzie-SP.
Após a conclusão do curso retornou ao Brasil, tornou-se a primeira diretora da Biblioteca do
Instituto Mackenzie e da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade em São
Paulo. Remodelou tecnicamente a Biblioteca da Faculdade de Medicina e sempre
preocupada em difundir seus conhecimentos, fundou em 1936 a primeira escola de
Biblioteconomia apoiada pela prefeitura municipal de São Paulo, formando a
pioneira turma em 1938.
Inovadora, introduziu
novas técnicas para o desenvolvimento da classificação bibliográfica, registro
de acervo e organização dos catálogos focando o livre acesso do público alvo ás
estantes. Mais adiante, foi uma das fundadoras e uma das primeiras educadoras
do curso de Biblioteconomia da Fundação da Escola de Biblioteconomia e
Faculdade de Filosofia Sede Sapiente da Pontifica Universidade Católica.
Sua trajetória inclui
ainda o acompanhamento do desenvolvimento inicial da Associação Paulista de
Bibliotecários, participando da gerencia entre 1974 a 1951, e mais, realizou no
mesmo período a conferencia sobre o desenvolvimento de Bibliotecas públicas na
América Latina patrocinadas pela UNESCO e DEA.
É nítido que sua
atuação e luta em prol do desenvolvimento técnico da profissão no Brasil foi
relevante na formação dos profissionais contribuindo dessa forma para o
desenvolvimento social e propagação do incentivo a leitura.
Adelpha, foi reconhecida como umas das
primeiras intelectuais brasileiras da Biblioteconomia, elaborando estudos como o “ Porque uma Biblioteca Pública Infantil?”-Pobreza e
Literatura e o “Porque ler?” Literatura para crianças no Brasil. Além disso, em
1950 criou o curso sobre noções Biblioteconômicas.
Foto: Biblioteca Adelpha Figueiredo
Sempre atuante foi
diretora da Rádio Educador Paulista PR-A6- atualmente- Rádio Gazeta de Maceió.
Onde utilizou esse canal de comunicação para disseminar o valor da leitura e
dos livros. Uma mulher, uma profissional brilhante que construiu um legado
valioso para o desenvolvimento social e profissional no Brasil. Em sua
homenagem seu nome foi dado a uma biblioteca pública anexada a prefeitura de
São Paulo.
Por: Fabiana Dovier-Estudante de Biblioteconomia-UFPB.
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