Biblioteca Pública do Estado do Pará Arthur Vianna

 

Criada há mais de 149 anos a BIBLIOTECA PÚBLICA ARTHUR VIANNA – BPAV preocupa-se em promover o acesso à informação e à difusão de bens culturais, na perspectiva da memória cultural do estado do Pará. Seus serviços abrangem atividades de incentivo à leitura, visitas institucionais e monitoradas, palestras, exposições, cursos e oficinas e programações culturais diversificadas, para todos os públicos, atendidos diariamente em seus espaços, como a Seção de Obras Raras, a Seção Braille, a Seção de Obras do Pará, a Fonoteca Satyro de Mello, a Gibiteca e a Brinquedoteca.


Histórico
A Biblioteca Pública Arthur Vianna é a mais importante biblioteca pública do estado do Pará, depositária dos registros históricos e culturais desta unidade federativa. Foi fundada em 1846, anexa ao Lyceu Paraense, atual Colégio Estadual Paes de Carvalho. Passou, em 1863, ao prédio do antigo convento do Carmo, e em 1871 foi constituída como órgão público. Em 25 de Março daquele ano foram inaugurados, oficialmente, a Biblioteca e o Arquivo Público do Pará. Em 1986, a biblioteca foi transferida para a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves.
Ela atende um público variado, com uma média de dois mil visitantes por dia. Abriga um acervo de aproximadamente 500 mil volumes, incluindo-se livros técnicos, didáticos, de arte, literatura, além das obras de referência, como enciclopédias, dicionários, atlas e manuais, e setor de periódicos, com revistas especializadas e gerais, boletins, folhetos, almanaques, jornais de circulação local e nacional e publicações oficiais da União.


Acervos
    • Raros e Antigos: assuntos gerais e referentes ao Pará. Coleção de raro valor histórico composta por livros, folhetos, periódicos e álbum datados do século XVIII ao XX.
   • Pará e Amazônia: acervo constituído por obras de autores paraenses e por assuntos relacionado por estado e à região. Inclui uma coleção de jornais e publicação oficiais editadas no Pará.
   • Infantil e juvenil: livros, enciclopédias, gibis correntes, antigos e raros, brinquedos e jogos, distribuídos em espaços criativos voltados às múltiplas ações de incentivos à leitura.
    • Braille: acervo e meios especializados para atendimento ao deficiente visual: livros e artigo de revista transcrita para o Braille; livros falado e eletrônico; e jogos adaptados e informações transmitidas por computadores com sintetizador de voz para audição do que está escrito na tela.
  • Materiais especiais: fitas cassetes e de vídeos, disco em vinil, CDs, DVDs, slides, mapas, cartões postais, fotografias e microfilmes de coleções de jornais antigos e publicações oficiais do Pará.


Para tanto, dispõe de valioso acervo em todas as vertentes literárias, técnicas e didáticas, composto de aproximadamente 800.000 volumes entre livros, folhetos, revistas, jornais, mapas, discos em vinil, fitas de vídeo, DVDs, CDs, ROM, livros em Braille, microfilmes, jogos, gibis, entre outros. O público atendido é heterogêneo e cada vez mais crescente, formado por crianças, jovens, idosos, portadores de necessidades especiais, estudantes, profissionais, pesquisadores, com uma freqüência média de 1.000 usuários/dia.
Além dos espaços localizados na sede da Fundação Cultural do Pará, a Arthur Vianna coordena mais três bibliotecas: a “Francisco Paulo Mendes”, na Casa da Linguagem, a “Vicente Sales”, na Casa das Artes e a “Carmen Souza” no Núcleo de Oficinas Curro Velho. A Biblioteca Arthur Vianna está ligada à Diretoria de Leitura e Informação, a qual coordena o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais, através de uma secretaria específica, abrangendo todos os municípios paraenses.


Espaço para leitura e estudos
Poucas pessoas sabem, mas a Biblioteca Pública Arthur Vianna possui 14 sessões: audiovisual (com acervo de filmes em formato digital), braile (com publicações para cegos e portadores de baixa visão, além de livros falados), brinquedoteca (brinquedos e jogos), circulante, fonoteca (vinis e cds), gibiteca (gibis e HQs), hemeroteca (jornais e revistas), infantil (livros infantis), microfilmagem (microfilmes de jornais paraenses do Século XIX e XX), obras do Pará, obras raras (livros raros), periódicos, referência e telecentro. A Biblioteca Pública Arthur Vianna atende em média 12.000 associados por mês.
A grande procura do público é de um ambiente bem tranquilo. “Dá para estudar e fazer pesquisa, além de oferecer um relativo silêncio para a concentração nos estudos. Me agrada muito vir ao Centur fazer pesquisa”, explica Pedro Trindade, analista de 27 anos, que frequenta com certa regularidade a biblioteca para estudar e pesquisar, assim como Camila Nunes, estudante de 17 anos que por recomendação de algumas amigas visitou pela primeira vez o espaço e disse “viemos aqui por possuir uma maior variedade de livros”.


Atendimento em período de quarentena
Com atendimento presencial suspenso desde março deste ano, no início da pandemia do novo coronavírus, a Biblioteca Pública Arthur Vianna continuou atendendo usuários por meio de solicitações virtuais. A instituição já oferece acesso a obras raras na íntegra e analisa demandas recebidas nos canais de atendimento (e-mail e telefone). Para o segundo semestre, a coordenação prepara o retorno gradual do atendimento presencial a partir de agendamento e mediante o cumprimento de protocolos sanitários.


Com quase 150 anos de história, a Biblioteca Pública Arthur Vianna tem importância não só para gerações de estudantes e pesquisadores, mas para toda a comunidade. Nem mesmo durante as reformas, o atendimento presencial foi completamente suspenso, como ocorre agora durante a pandemia de Covid-19.
Alternativas - O espaço costumava receber a média de mil pessoas por dia, e para manter o vínculo com os usuários, a instituição promove atividades nos perfis oficiais das mídias sociais. “Fizemos algumas atividades on-line, como reunião com escritores, workshop de desenho digital, palestra sobre ilustração de livros infantis”, exemplifica Socorro Baía, coordenadora da biblioteca.
O público pode contar, também, com o Acervo Virtual de Obras Raras. “É composto de vários materiais, livros, legislações, manuscritos, periódicos que podem ser consultados via internet. Além do acesso mais fácil, é uma forma de preservar as obras antigas, do século passado, algumas sem condições de serem manuseadas fisicamente“, ressalta a coordenadora.
Cuidados - À medida que os usuários demandam determinadas obras, elas vão sendo inseridas novamente no sistema ou fornecidas pelo e-mail bibliotecaonline@fcp.pa.gov.br. O atendimento também pode ser feito via telefone, no número (91) 3202-4432. Além de obras raras, a biblioteca também oferece acesso ao acervo bibliográfico em que é possível saber que obras estão catalogadas, bem como as obras de arte.
O manuseio de obras pelo público oferece risco, por isso o retorno é pensado de forma a manter o acervo em quarentena. “A biblioteca está se planejando para abrir por etapas e com todos os cuidados e segurança. Desde a questão do distanciamento, uso do álcool, luvas, toucas, máscaras, porque são obras antigas, que realmente necessitam de bastante cuidado. O atendimento também deve ser por escala. Vamos tentar oferecer o que for possível para o público que tanto precisa da informação”, frisa Socorro Baia. 


Estudo pesquisado e realizado por Jonatã da Silva Higino, aluno do curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba.


 

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