Biblioteca Parque da Rocinha

A Biblioteca Parque da Rocinha C4 foi inaugurada em junho de 2012 em um prédio de cinco andares com diversas salas para atendimento da população de uma das maiores favelas da América Latina. A comunidade participou ativamente da implantação do projeto.
Inspirada no modelo de Medellín e Bogotá, na Colômbia, cujo objetivo é levar cultura a áreas de risco, em parceria com a comunidade. A Rocinha é considerada uma das maiores favelas da América Latina. No último aniversário da biblioteca em 2019, ocorreu uma programação especial, que reuniu aulas de danças variadas, ioga, capoeira, maratona de contação de histórias e uma apresentação teatral.



A Biblioteca na comunidade
A Biblioteca-Parque da Rocinha é conhecida também pelos moradores como C4, que significa Centro de Convivência, Comunicação e Cultura. “Era uma demanda da própria comunidade a criação de um centro de convivência, que houvesse um grande espaço onde grupos de teatro pudessem ensaiar, grupos de dança, uma biblioteca".
A Biblioteca-Parque da Rocinha recebeu nos últimos quatro anos 145.680 visitantes, emprestou 14.822 livros e emitiu 4.988 carteirinhas para sócios, atendendo a todas as faixas etárias. A gratuidade, “que todas as bibliotecas merecem ter”, explica em grande parte a demanda, disse a superintendente da biblioteca. “As bibliotecas são gratuitas, você pode facilmente fazer sua carteirinha, basta ter uma identidade e um comprovante de residência e passa a ter acesso a empréstimos de livros e tudo o mais”. Se a pessoa quiser passar o dia inteiro na biblioteca, sem pegar nenhum livro, não precisa de documento algum.
A Biblioteca da Rosinha íntegra a rede de bibliotecas-parque que se consolidam também como um grande espaço democrático, com acesso para todos os públicos. A rede de bibliotecas-parque do estado do Rio de Janeiro engloba ainda as unidades de Manguinhos, na zona norte, primeira a ser inaugurada; a de Niterói, na região metropolitana; e a estadual, no centro do Rio


Estrutura
Ela conta com 1,6 mil metros quadrados divididos em cinco pisos. Além disso, possui DVDteca, cineteatro, sala multiuso para cursos, estúdios de gravação e edição audiovisual, setor de leitura e internet comunitária, cozinha-escola e, também, funciona como atrativo para crianças da Rocinha e de favelas adjacentes, assim às tirando da rua.




Reabertura
O espaço estava fechado desde 2016 e, após quase 4 meses de atraso na promessa de reabertura, a Biblioteca teve suas portas abertas em 2018. O governador do estado, Luiz Fernando Pezão, compareceu ao evento e apesar de não citar muitos detalhes, discursou sobre a polêmica proposta intervenção federal na segurança no estado e prometeu reabrir, também, as Bibliotecas de Manguinho e do Centro.
Vale lembrar que esse episódio ocorreu em ano de eleição e, normalmente, é nesse período que começam a surgir inúmeras inaugurações de projetos, porém, é necessário perceber que elas acontecem sempre com o intuito de angariar votos e atrair a atenção para as campanhas políticas dos respectivos “responsáveis” pelas propostas. Logo, a comunidade deve comemorar a vitória pelo retorno do polo cultural, entretanto, deve ficar atenta à possíveis promessas que venham junto com essa conquista.
Na Rocinha, o centro cultural antes da pandemia funcionava nos seguintes horários: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Com o decorrer da pandemia a Biblioteca está funcionando de forma remota e disponibilizando alguns serviços online. Para o morador que ainda não conhece, vale a pena fazer uma visita a esse espaço quando for possível.

Referências:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-06/biblioteca-parque-da-rocinha-comemora-quatro-anos-de-parceria-com-comunidade.

https://www.anf.org.br/vitoria-da-comunidade-biblioteca-parque-da-rocinha-e-reaberta/

Estudo realizado por Jonatã da Silva Higino, aluno do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba.

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